terça-feira, 20 de setembro de 2011

TIVE VOCÊ NA MÃO







By Silvana Duboc



Não fosse o destino
e as voltas que a vida deu
você teria sido meu.
Não fossem tantas encruzilhadas
em longas estradas,
tantas agruras
eu teria sido sua.
Tive você na mão
e hoje só o tenho
dentro do meu coração.
Ali o tranquei
e o porquê eu bem sei,
foi pra não me esquecer
que apesar de não o ter
sua eu sempre vou ser.







segunda-feira, 19 de setembro de 2011

APRENDI A AMAR






By Silvana Duboc


Era tão normal eu sofrer
por amores não correspondidos
que eu acabei por esquecer
que não existem só amores sofridos.
Existe vida após uma decepção,
existe uma nova ilusão,
existe amor e paixão.
Existe vontade de compartilhar
um sonho, um despertar,
um novo jeito de amar.
Existe quem aprecie minhas qualidades
e suporte bem os meus defeitos,
que use de sinceridade
e me ofereça respeito.
Descobri que amores não são só sangrentos,
podem ser calmos embora sedentos,
podem ser como sol, como primavera,
podem ser como a atmosfera
que nos dá oxigênio para podermos respirar
sem medo de sufocar.
Descobri como se ama sem se despedaçar,
o segredo é apenas encontrar
alguém que realmente saiba amar.
Uns não sabem, vários não querem,
alguns não têm essa capacidade,
então aprendi a passar por todos esses
em altíssima velocidade.
Hoje só estaciono meu coração
em terreno que possua grande fertilização. 




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ERA UMA MENINA E UM MENINO







By Silvana Duboc



Era uma menina e um menino
que nunca se entendiam
mas todos sempre diziam
que aquilo era amor.
Mas como um podia
causar no outro tanta dor?
Dizem que quando se ama demais
tudo fica tão complicado
que é até mesmo capaz
dos sentimentos ficarem misturados.
Uma hora é uma loucura de paixão
e de repente uma tremenda desunião.
Mas dizem, também, que quando é amor de verdade
ele vence qualquer adversidade
e suporta qualquer saudade.
Era uma menina e um menino
que não conseguiam se entender
mas dizem que se amavam pra valer.
A menina não crescia
e o menino não amadurecia,
presos na infância decidiram ficar
pra nunca ninguém os separar.
É porque criança briga, se desentende
mas no fundo se perdoa e se compreende
e gente grande não consegue desculpar
os trancos que costuma levar.
Era uma menina e um menino
completamente apaixonados
que foram rudemente separados
por dois adultos impertinentes
e muito inconsequentes.






terça-feira, 13 de setembro de 2011

DENTRO DOS TEUS BRAÇOS





By Silvana Duboc

Sou como um grão de areia na tua mão
que se perde entre tantos sem distinção.
Sou um pingo de chuva no verão
que escorrega pelo teu coração.
Sou como uma lágrima sem direção
que se confunde em meio a emoção.
Sou alguém em plena multidão
que te busca, te procura,
que te perde e te cura.
Sou quem te faz bem e mal,
sou teu ponto mais fatal.
Sou como uma corda que te prende,
sou alguém que se rende
e não encontra nunca a solução.
Sou a tua alegria e a tua insatisfação.
Sou eu que estou jurada pra morrer 
de tanto amor quando preciso for.
Sou eu que tento entender
e faço de tudo pra ser
teu porto mais seguro
e acabo sendo teu canto mais escuro.
Sou eu que me desfaço e me refaço,
que, junto de mim, te arrasto,
que te sufoco, que te desgasto.
Sou eu que me perco e não me acho
quando não estou dentro dos teus braços.