sábado, 28 de maio de 2011

RESERVA DE AMOR





By Silvana Duboc



Minha inesgotável reserva de amor
se renova quantas vezes preciso for,
por isso eu sou capaz de amar errado,
estraçalhar meu coração
e depois vê-lo consertado.
A capacidade da minha emoção
é algo absolutamente inusitado,
por ela meu querer é sustentado
e meu precisar esquecer é auxiliado.
Eu faço do amor uma célula que se reproduz,
que dentro de mim se multiplica e reluz.
Aceito o jeito estranho do amor
que mais se parece com o de um passarinho,
ora voa pra longe em busca de um novo ninho,
ora vem ao meu encontro recoberto de carinho.
Hoje lido com ele sem temor, sem dor,
sempre tentando entender
que amor não é eterno porque não sabe ser.
Eterno é o sabor das noites que passo embalada
por mãos que fazem com que eu me sinta amada.
Eterna é a carícia que me é dedicada,
eterno é o orgasmo que me leva à lua
envolto em desejo e ternura.
Amor tem costumes interessantes
não sabe durar infinitamente, dura instantes,
não sabe se fixar, é itinerante.
Enfim, aprendi a lidar com esse sentimento
nos seus piores e melhores momentos,
quando ele aparece e quando some,
quando ele tem sede e tem fome,
quando ele acorda e quando dorme,
quando ele rasteja e quando corre,
quando ele nasce e quando morre.



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